Matéria originalmente publicada em http://runnersworld.com.br/correu-7-ultramaratonas-7-continentes-construir-7-escolas/
Por Jenny McCoy
O norte-americano Joel Runyon não se considera o “típico atleta”, mas isto não o impediu de completar sete ultramaratonas em sete continentes diferentes. O que a princípio foi uma iniciativa para sair do tédio virou uma missão filantrópica: a divulgação das corridas foi tão grande que está ajudando construir sete escolas em Gana, Laos e Guatemala. A missão foi intitulada The 777 Project e já levantou mais de US$ 150 mil (cerca de R$ 500 mil).
O início da jornada
Nove meses de desemprego morando no porão da casa dos pais foi o suficiente para Joel Runyon decidir sair da zona de conforto. Depois de se formar na faculdade, durante a crise de 2009, arrumar um trabalho em Chicago era uma missão praticamente impossível, o que estimulou Runyon a fazer uma lista com outros objetivos que ele gostaria de realizar, não importa o quão longe estivessem.
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Um dos itens dessa lista era “terminar uma prova de triatlo” e ele foi atrás da meta. No início, completou uma prova de uma hora (10 minutos de natação, 20 de corrida e 30 de bicicleta). Ao longo do tempo, ele chegou a fazer metade de um Iron Man. A parte da corrida a pé era a que mais atraia Runyon. “Há bastante equipamento envolvido no triatlo, enquanto na corrida não há desculpas. Você só precisa pegar um par de tênis e sair correndo!”, diz.
Alguns anos depois e ele estava correndo maratonas inteiras, escrevendo suas experiências em um blog e inspirando seus seguidores. Foi então que ele entrou em contato com a organização Pencils of Promise, que constrói escolas ao redor do planeta e capacita professores em áreas de necessidade. A ideia, a princípio, era levantar dinheiro para construir uma escola na Guatemala a partir da divulgação de uma ultramaratona que ele correria em Chicago, sua cidade natal. O sucesso levou a criação do The 777 Project, com a ambição de angariar US$ 175 mil para a construção de sete escolas.
Próximos passos
Além de aguardar a confirmação do Guinness World Records, tornando-se oficialmente a primeira pessoa a completar sete ultramaratonas em sete continentes diferentes, Runyon continua a correr pelo mundo. Suas últimas aventuras foram em Liechtenstein e Mônaco, na Europa. Para ficar por dentro das próximas, fique ligado no blog Impossible, onde ele compartilha suas corridas.
As sete ultras