Você está pronto para nadar no mar?

Quando perguntamos aos triatletas qual das 3 modalidades precisam de  um upgrade no treinamento, mais da metade costuma responder: a natação. A natação no triathlon é um esporte diferente de quem costuma nadar para competir em piscinas. Apesar de representar só 10% da prova, o resultado na natação tem um impacto muito grande no desempenho do restante da prova.

Se nadar em mar aberto já é muito diferente do que nadar em piscina, nadar em mar aberto, com dezenas de atletas ao redor, pode ser mais difícil do que você imagina.

Muitas vezes, as primeiras experiências em águas abertas geram uma mescla de insegurança e medo. Para ajudar a superar essa sensação, o ideal é que você não esteja sozinho. Organize seus treinos no mar de forma que esteja acompanhado, seja por alguém nadando ao seu lado ou mesmo um amigo em um caiaque ou prancha de stand up. E nade sempre paralelamente à praia. Caso aconteça algum imprevisto, como um uma câimbra, você não estará longe da parte rasa.

A natação no mar tem diferenças básicas para a que é realizada em piscina: é contínua, não possui viradas e seu movimento, é 100% cíclico – sem interrupções. Vale levar em conta a influência da correnteza, temperatura da água, navegação, do vento e contato físico na performance do atleta e até mesmo no tempo de prova. Essas condições são variáveis. No mar, a prioridade é a direção e não a velocidade. O domínio da respiração frontal é essencial para manter a boa navegação, assim como enxergar bem e montar uma estratégia de prova. 

A falta de visibilidade do fundo é a maior dificuldade de orientação não podem pegá-lo de surpresa. Para se acostumar a essas condições, insira na sua programação treinos em águas abertas. Com a prática você conseguirá se adaptar e aprender a enfrentar esses obstáculos.

Um dos pontos mais importantes na natação em águas abertas é a orientação. Saber se orientar bem poupa tempo e desgaste físico. Para diminuir as chances de errar, confie em você e nunca em outro atleta. Mantenha as boias no seu raio de visão e faça respirações frontais regulares para não ficar muito tempo sem observar a direção que está seguindo. Caso as boias sejam de difícil visualização, registre pontos fixos maiores como referência. Use, por exemplo, navios, torres, prédios, ilhas, árvores grandes etc.

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