Entenda porque a corrida virou uma grande aliada na cura da depressão.

Você já assistiu ao filme “O Lado Bom da Vida”? No filme de David O Russel indicado a oito Oscars, Bradley Cooper vive Pat Solatano, um professor com distúrbio bipolar que passa meses internado em um hospital psiquiátrico. Quando finalmente coloca os pés na rua, ele corre – para fugir dos próprios sentimentos, para rever a mulher amada, para se afastar das cobranças familiares – ele corre. Correndo faz uma amiga, igualmente desequilibrada. E correndo vai retomando o próprio equilíbrio.

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Pesquisas cientificas já comprovaram que a prática de exercícios aeróbicos durante 30 minutos ao menos três dias na semana diminui quase pela metade os sintomas de uma depressão moderada. Esta impressionante descoberta é especialmente importante para os 150 milhões de pessoas em todo o mundo que sofrem com o mal da depressão.

Vamos entender o processo fisiológico que ocorre em nosso corpo?

Ao dar início ao exercício físico, ocorre um estado geral de excitação do corpo. Isso inclui desde a ativação do metabolismo cardiovascular até alterações endócrinas no cérebro, alterações hormonais e mudanças fisiológicas que vão se suceder por todo o organismo. Todas essas mudanças favorecem alterações positivas nos estados de humor.

Durante este processo existe uma substância que é a grande protagonista: a endorfina. Quando estamos praticando um exercício físico, no caso a corrida, nosso corpo libera uma quantidade maior de endorfina, hormônio produzido pela hipófise, responsável pela sensação de alegria e relaxamento. Qualquer prática de exercício físico indica a produção automática de endorfina. Porém, a corrida, sendo um exercício físico aeróbico, ou seja, mais intenso, faz com que a sensação de bem-estar advinda da produção do hormônio seja ainda mais forte. Além disso, quanto maior o tempo praticando o exercício, mais nosso corpo produz o hormônio da endorfina, gerando cada vez mais ânimo e energia ao praticante.

A corrida está entre as melhores atividades físicas para quem se encontra no quadro de depressão. Em quadros mais avançados o exercício físico pode ser mais complicado de ser aplicado, mas em diversos casos a motivação necessária para realizá-los e ainda a atividade cerebral durante e atividade contribui muito no tratamento.

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