A força e a mobilidade estão intrinsecamente ligados quando falamos sobre a prática de exercícios, visto que há uma relação entre a força que é precisa e adquirida através de exercícios para ter mais mobilidade.
Os exercícios de mobilidade normalmente são movimentos dinâmicos realizados nas articulações do tornozelo, quadril, torácica e glenoumeral (ombro). Têm como objetivo melhorar, restaurar ou manter a amplitude do movimento, e estão atrelados à performance funcional.
Independentemente da idade ou da atividade que se pratica, é aconselhado realizá-los no início do treino como uma maneira de preparação e de aquecimento. Na literatura médica, ainda não há recomendações de quantas vezes devemos realizar estes movimentos, porém, sabe-se que a regularidade da prática pode trazer os benefícios esperados.
Como avaliar a mobilidade?
Existem muitas formas de avaliar a mobilidade, desde a realização de AVDs (atividades de vida diárias) monitoradas, por exemplo, por acelerômetros ou mesmo por cinemetria, até testes específicos validados pela literatura para tal finalidade.
Dentre os mais conhecidos, destaca-se o Timed Up and Go (TUG), que consiste em levantar de uma cadeira (de aproximadamente 46 cm), caminhar até uma linha reta a 3 metros de distância (em um ritmo auto-selecionado, porém seguro), virar, caminhar de volta e sentar-se novamente e o Functional Movement Screen (FMS) que identifica restrições e limitações durante sete tarefas de movimentos com diferentes exigências motoras.
Treinamentos de força
Os exercícios de força e musculação muitas vezes são associados a questões estéticas, porém, os principais benefícios do treinamento de força justificam sua aplicabilidade na melhora da saúde e na prevenção de doenças crônicas degenerativas, desde crianças até idosos.
Entre os benefícios dos exercícios de força estão: retardar atrofia muscular do envelhecimento, auxiliar na manutenção da força, prevenir osteoporose, melhorar componentes cardiovasculares e melhorar a atividade cerebral, humor e cognição.
Outro benefício do treinamento de força é a redução da massa gorda em prol do aumento da massa magra, o qual pode ser complementado com um programa de treino aeróbio (saúde cardiorrespiratória) e dieta.
Também é considerado o fator benéfico de prevenção de lesões, fortalecendo musculaturas estabilizadoras profundas e tornando as articulações cada vez mais funcionais, reduzindo assim as dores articulares.
É importante destacar que o treinamento de força não se restringe ao aumento da massa muscular e que pode ocorrer aumento da força sem que haja hipertrofia. O aumento da massa muscular, no entanto, é um efeito desejável pois está associado à proteção dos ossos e à manutenção da qualidade de vida ao longo do tempo.
Por que juntar mobilidade com força?
A mobilidade articular está totalmente conectada com a sua força. Ao envelhecemos, por exemplo, e a tendência natural da vida é a perda da força motora, da cognição e da coordenação. Por isso é tão importante treinar os movimentos que fortalecem os músculos.
A amplitude de movimento é um dos fatores mais importantes quando falamos de técnica, e a mobilidade é o que te permite alcançar amplitudes de movimento “suficientes” para determinados exercícios.
Porém, além de ganhar esta amplitude é preciso estabilidade nesta nova angulação, isto é, é necessário que você não só alcance a posição, como também consiga se sustentar firmemente na mesma. É aí que entra um trabalho de força aliado à mobilidade, para que o atleta tenha a força necessária em toda a amplitude que o movimento exigir.
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