O triathlon é uma prática esportiva composta por três modalidades sequenciais e combinadas – natação, ciclismo e corrida – praticadas nessa ordem e sem interrupção entre uma e outra. Hoje o triathlon conta com inúmeras competições oficiais e é um esporte olímpico desde Sydney, em 2000.
A modalidade é praticada em diversas distâncias, porém, a distância standard (ou olímpica) é a reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional e utilizada nos Jogos Olímpicos de Verão. São 1500 metros de natação, 40 quilômetros de ciclismo e 10 quilômetros de corrida.
Além do standard, o triathlon conta com outras distâncias oficiais nas quais as competições são baseadas:
Super Sprint, que consiste em 375m de natação, 10km de ciclismo e 2,5km de corrida, uma prova mais adequada a quem está começando a prática.
Sprint ou Short: 750m de natação, 20km de ciclismo e 5km de corrida. Este tipo de prova é disputada na Copa Brasil de Triathlon.
Longa distância, que pode ser realizada em dois tipos de prova: dupla olímpica, o dobro da distância standard – 3km de natação, 80km de ciclismo e 20km de corrida – ou tripla olímpica – 4,5 km de natação, 120 km de ciclismo e 30 km de corrida.
Há ainda a distância Ironman, uma das mais praticadas: 3,8km de natação, 180km de ciclismo, 42km de corrida. Desta deriva a Meio-Ironman, que nada mais é que a metade da distância: 1,9 km de natação, 90 km de ciclismo e 21 km de corrida.
Outra prova que está na iminência de entrar no programa olímpico é o Triathlon Mixed Relay. Trata-se de uma prova mista (dois homens e duas mulheres) com revezamento. A distância é de 300m de natação, 8km de ciclismo e 2km de corrida para cada competidor.
Ultraman
O Ultraman é a maior prova do triathlon, com 515 km no total. Começou a ser realizado no Havaí em 1983, em três dias seguidos e consiste no seguinte: no primeiro dia são 10km de natação e 145km de ciclismo; no segundo, 276km de ciclismo; finalizando com 84km de corrida no terceiro dia (o equivalente a duas maratonas).
A transição
Todas as provas seguem as mesmas regras. O que pode mudar é o circuito ou como essas distâncias serão cumpridas. A passagem de uma modalidade para a outra é chamada de transição, quando atletas deixam suas bicicletas, tênis e todos os seus equipamentos para passar à nova modalidade.
Apesar de o triathlon ser composto oficialmente por três disciplinas – natação, ciclismo e corrida – a transição é considerada a quarta disciplina e é um grande diferencial para os triatletas mais velozes. Quanto menor a distância do triathlon, maior a importância relativa da transição no tempo total do evento.
Usualmente, há duas transições: a T1 e a T2.
Na T1, os atletas saem da natação, passam pela área de transição, pegam suas bicicletas e saem para pedalar.
Já na T2, os atletas chegam com suas bikes, calçam o tênis e saem para correr.
Como realizar as transições
O ajuste fino da transição pode fazer toda a diferença no resultado final. Por isso, preparamos algumas dicas de como tornar a transição mais eficiente.
Na natação, caso esteja utilizando roupa de neoprene, comece a tirá-la assim que se levantar da água. À medida que você corre para a T1, tire as mangas e desça a roupa até a cintura, o que facilitará sua total retirada. A aplicação de produtos lubrificantes por baixo da roupa, além de prevenir assaduras, pode ajudar na hora da retirada.
Deixe suas sapatilhas na bicicleta e somente calce-as quando já estiver pedalando. Após subir na bike, pedale um pouco e calce um dos pés e depois pedale mais um pouco e calce o outro. Lembre-se que você precisa estar com as sapatilhas calçadas antes do fim da primeira volta. Treine correr com sua bicicleta e afivelar o capacete durante seu dia a dia.
Deixe sua alimentação e hidratação na bike. Se você pretende consumir algum alimento na prova, é melhor consumir no ciclismo, assim você não perde tempo se preocupando com esses itens na transição. O mesmo vale para o capacete e os óculos. O ideal é deixar tudo preso na bicicleta.
Para o T2, utilize cadarços de elástico em seus tênis. Assim, ao chegar da bike você simplesmente puxa a língua do tênis para calça-lo, sem necessidade de nós no cadarço. Em provas curtas, a maioria dos atletas correm sem meias, por isso, alguns preferem passar lubrificantes dentro do tênis antes da prova.
Assim como qualquer esporte, uma boa transição depende de treino e dedicação. Muitos atletas gostam de mentalizar a transição nos dias anteriores da prova, tornando automático em sua mente tudo o que farão durante as trocas de modalidade. O ideal é dedicar pelo menos um dia na semana para praticar a transição.
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